A EMAF – Feira Internacional de Máquinas, Equipamentos e Serviços para a Indústria – chegou ao fim no passado dia 3 de junho, com um saldo positivo que regista mais de 26 mil visitantes, numa edição que teve como mote a Transformação Digital.
Com mais de 440 expositores, de países como Portugal, Espanha, França, Suíça, Itália e Alemanha, a feira ocupou cerca de 50.000 m2 de área coberta, que se estendeu por uma área exterior de exposição, assegurando a melhor representação de sempre.
Também a plataforma online E+E EMAF, obteve grande atenção antes e durante a feira, tendo sido efetuados mais de 47 mil registos, oriundos de países como Estados Unidos, Argélia, India, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido entre outros, o que permite a promoção e o fortalecimento da relação entre expositores e visitantes, após o seu término.
A EMAF abriu portas à reflexão sobre o futuro das empresas do setor, atraindo as atenções do governo. Um dos destaques foi a visita detalhada do Secretário de Estado (SE) da Economia, Pedro Cilínio, no dia 1 de junho, que contactou, acima de tudo, com o tecido empresarial mais importante do setor metalúrgico. O número de empresas em exposição e a sua representatividade impressionaram o representante. A 2 de junho, a EMAF recebeu ainda a ilustre visita do Ministro da Economia, António Costa Silva, que ficou também marcada por momentos de diálogo com alguns dos expositores.
A organização estima que a feira tenha atingido um volume de negócios na ordem de vários milhões de euros, o que é indicativo da importância do setor na economia portuguesa. “O sucesso desta edição está diretamente relacionado com a qualidade da feira que este ano apresentámos, designadamente com a diversidade e com a aposta das empresas nas novidades e na sua visão do futuro”, frisando ainda que “foi também a confirmação de que se trata de um momento de crescimento deste setor no país, com a oferta a multiplicar-se e muitas soluções inovadoras que também vão contribuir para a desejada internacionalização das empresas, que apresentam inovações que criam valor”, explica Amélia Estevão, Diretora de Marketing da Exponor.
A EMAF pretende ainda elogiar o esforço de inovação das empresas presentes, assim, outra atividade que mereceu atenção foi a 11ª edição do Concurso de Inovação, em parceria com a Revista Robótica. Destinado aos expositores inscritos no evento, o desafio colocou em avaliação os aspetos da conceção, originalidade e operacionalidade dos produtos apresentados. A avaliação das propostas submetidas foi efetuada por um júri constituído por vários elementos de universidades nacionais e o vencedor do Prémio Inovação Nacional “Leonardo Da Vinci” foi atribuído à empresa Nande Laser, o Prémio Inovação Internacional “Nicola Tesla” foi atribuído à empresa Supraform, já a Fein Power Tools Iberica obteve menção honrosa. Este ano, foi também atribuído o Prémio Prof. J. Norberto Pires à Universidade de Coimbra, ao projeto considerado como o melhor, em termos de inovação, pelas universidades e politécnicos, enquanto homenagem ao Prof. Norberto Pires, antigo presidente do júri e diretor da revista “robótica”.
EMAF: a escolha óbvia, e única, para as empresas nacionais
O maior evento ibérico de tecnologia e inovação para a indústria continua a oferecer razões às empresas para garantirem a sua presença – tanto as mais jovens, como aquelas que somam vários anos de atividade. Gustavo Moura, CEO da empresa GUPE, que celebra apenas dois anos, explica que o importante nesta fase é fortalecer a marca e que a presença na EMAF é uma rampa. Já Rui Dias, técnico responsável da Premaq, destaca o contacto com os novos clientes e com todos aqueles que ainda estão em curso, sendo esta a melhor forma de se apresentarem as novidades.
A nível nacional, não se somam grandes opções de feiras, por isso a escolha para alguns responsáveis é óbvia. “Estamos desde o início na EMAF e queremos garantir que continuaremos a marcar presença. Esta é das únicas feiras em Portugal em que vale a pena estar presente. Infelizmente, é uma pena que o nosso país não acompanhe as dimensões das feiras internacionais e a EMAF é das únicas que se aproxima. Aqui, queremos estreitar relações e fazer negócios”, explica Filipe Rocha, diretor comercial da empresa Moura Laser.
Quanto aos desafios, a opinião é geral. O setor tem vindo a ser testado pelo contexto social, político e económico, colocando alguns obstáculos ao crescimento. Quando o tema são as tendências, a opinião também é unânime. Procurar tecnologia de ponta, que se integre perfeitamente com o trabalho dos colaboradores, auxiliando e simplificando os processos, é uma das prioridades. Também a exportação e internacionalização continuam a ser mencionadas como tendência.
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